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Intenção de crescimento: o óbvio esquecido


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É enorme a literatura científica que investiga o crescimento das pequenas e médias empresas.


Milhares de artigos e trabalhos já foram publicados sobre o tema e os pesquisadores ao redor do mundo apontam centenas de possíveis causas para o sucesso dos negócios de menor porte.


Entretanto, são poucas as variáveis em torno das quais há um consenso forte. Na maioria das vezes, quando um estudo confirma que uma determinada causa leva ao crescimento dos negócios, outro posterior logo aponta resultados diferentes que desmentem aqueles anteriores.


Essas causas começam nas características pessoais do empreendedor (gênero, idade, escolaridade etc.), passam por aspectos dos negócios em si (tamanho, sistema de governança, estrutura de capital etc.) e vão até o ambiente que os circunda (abundância ou escassez de mão-de-obra qualificada, legislação trabalhista, impostos etc.).


Entre as poucas variáveis que em quase todos os estudos apresentam um impacto real e significativo sobre o crescimento das pequenas empresas estão a capacidade de inovação, a capacidade de gestão (principalmente financeira e comercial) e a intenção para o crescimento.


Quero falar rapidamente dessa última: a intenção de crescimento.


Essa variável apresenta uma consistência notável - incomum, na verdade. Quase todos os estudos que medem a intenção de crescimento dos empresários mostram que esse intuito, quando presente, normalmente se traduz em bons resultados ao longo do tempo. A intenção de crescimento costuma ser mais importante para a geração de resultados do que fatores tidos como absolutamente importantes: acesso a empréstimos, vendas para um grande mercado consumidor etc.


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“A intenção de crescimento costuma ser mais importante para a geração de resultados do que fatores tidos como absolutamente importantes: acesso a empréstimos, vendas para um grande mercado consumidor etc.”

Mas, por incrível que pareça, os empreendedores focados no crescimento são uma minoria.


Por quê?


Porque quase todos os novos negócios não são criados como uma máquina de criação de riqueza. Via de regra, seus donos estão mais preocupados em manter seu sustento e ter dinheiro para pagar as contas.


Os negócios focados no crescimento, por outro lado, são projetados para escalar seu porte rapidamente. Seus donos são ambiciosos e tendem a tomar riscos maiores - o que, às vezes, leva ao fracasso, sim. Mas, quando acertam, tendem a construir verdadeiros motores de produção de dinheiro.


Cadeias de hamburguerias e barbearias, para citar apenas dois exemplos que ganharam as mídias no sul do Brasil, são exemplos recentes de empreendimentos que nasceram muito pequenos, mas que, devido ao ímpeto dos seus donos - devido à sua determinada intenção de crescimento - estão multiplicando seu número de lojas muito rapidamente.


Se você quiser começar a saber como transformar sua intenção de crescimento em um negócio real de crescimento, leia o primeiro capítulo do Livro do Lucro.


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Você entraria em um avião Boeing pilotado por alguém que recém terminou um cursinho rápido de aviação e que nunca esteve no comando de uma aeronave como essa? Você aceitaria ser operado no coração por alguém que só fez aulas teóricas de cirurgia cardíaca?


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